Os instantes trazem horas
Em que dias duram anos...
As histórias viram lendas
Os poemas amarelam...
As palavras viram gotas secas
Apenas saliva, momentos, minutos...
Se perdem!
As flores murcham!
Enquanto isso...
Deixo aqui o meu mais breve
E o mais eterno.
A criatura sem antídoto
Enquanto isso...
O tempo corta os pulsos
O tempo conta os passos
O tempo rouba os beijos não roubados.
O tempo do grão, da folha,
Da morte da flor.
Nos olhares onde se carrega o recomeço.
Onde a beleza existe!
Na certeza de seu fim!
A beleza que assiste ao novo
E se entrega as ondas que vão.. e que com certeza voltarão!
Porque belo é o olhar sobre a não-beleza!
Aquele instante em que as cores se escondem
Para que os olhos anseiem a volta.
E bela, não é a beleza...
Bela é a incerteza do belo.
Enquanto isso
As flores partirão... como o amor
Que só morre
Para renascer!
Cintia de Andrade
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